domingo, 11 de dezembro de 2011

O Natal dos Idosos

 Estamos em Dezembro
o Natal está a chegar
para muitos não interessa
porque nada vai mudar

Afinal o que é o Natal?
o que isso representa
para muitos idosos
talvez melhore a ementa

mas a muitos trás saudade
dor magoa e desilusão
pela luta duma vida
sem ter a compensação

alguns estão sós em casa
esquecidos dos familiares
que lutaram toda a vida
e outros estão nos lares

alguns estão acamados
com desalento de viver
muitos ainda com memória
redobra o seu sofrer

alguns vão com os filhos
mas querem dar opiniões
a família não entende
e começa as discussões

acabam por ser corridos
o seu pai ou sua mãe
esquecendo que foram eles
que os fizeram alguém

quando os idosos contam
por aquilo que estão passando
é difícil compreender
o que eles estão contando

alguns da sua reforma
vão dando as escondidas
o dinheirinho que têm
p´ra poderem ser servidas

muitas vezes até dão
a quem a reforma recebe
ou para pedir uma receita
até isso agradecem

alguns comem muito mal
porque não podem comprar
o dinheiro da reforma
para muito tem de dar

alguns vivem sozinhas
a contar o seu passado
querem alguem que as oiça
e que conversem um bocado

ainda a pouco conversei
com alguém que me contou
que foi corrida 3 vezes
da família que criou

mas está bem conformada
dentro da sua casinha
levanta-se devagarinho
ainda vem a cozinha


os filhos que estão bem
cada um no seu lar
quando visitam os pais
só de bens querem falar


temos uma sociedade
que perdeu todo o valor
só se entressam em estar bem
desprezando o superior


quando os pais estão acamados
ai que grande desilusão
vão a todos os lados
resolver a situação


vão a casas da Misiricordia
e vão ao padre pedir
para internar a família
pois estão sempre a insistir

nenhum filho quer cuidar
todos impõe condição
todos tem sua vida
vivem com muita afeição

quando conseguem um lar
ficam logo aliviados
os velhos não fazem pezo
porque já estão internados

lá ficam a sofrer
pela vida que chegou
são tratados por pessoas
que a muitos não agradou

pessoas que muitas vezes
vão ganhar o seu dinheiro
vão cheias de problemas
 levam um rosto feio

não dão afecto aos velhinhos
querem só se despachar
muitas vezes vão embora
sem as fraldas as mudar

ficam eles com magoas
sem poder reclamar
que alguns são repisados
e não os querem aturar

rostos tristes e vazios
sem amor e sem carinho
mães que deram apoio
desde de muito novinhas

não se cansam de pensar
se os filhos estão bem
como é que estes filhos
desprezam a sua mãe

foram filhos embalados
no colo da sua mãe
casaram com uma mulher
não tem amor a ninguém

como tem sua casa
toda bem decorada
não querem velhos a porta
e não querem ter maçada


mas ainda o pior
que isto é realidade
filhos que não visitam os pais
por terem muita vaidade

julgam-se mitos importantes
e pensam ninguém perceber
não vão ver os pais
nem deles querem saber

então no dia do funeral
são os primeiros a se apresentar
e levam o livro a Igreja
para todos assinar

com os ramos de flores
que o morto já não vê
mas é chique elegante
dar os pesamos a voasse messé

é melhor não ter cagança
e ter forma de pensar
dar carinho enquanto há vida
que Deus vai recompensar

 filhos enquanto são novos
tudo é bem diferente
mas a idade não perdoa
com a idade agente aprende


é tão bom poder ver
uma família unida
que se possam ajudar
e ter o dom da partilha

nada se leva na vida
se não o que de bom se faz
mas a maior alegria
é ajudar os nossos pais

quando eles morrem
que por isso já passei
ficamos satisfeitos
pois tudo o que podia colaborei

assim se faz aos nossos filhos
com todo o amor e carinho
dando sempre o exemplo
e estar bem com o vizinho

colaborar quando podemos 
isso é a nossa missão
ajudar a família
amando o nosso irmão

o Natal não é presentes
mas alegria de viver
viver em união
e a todos compreender

muitos foram os vizinhos 
que deste mundo partiram
que contavam anedotas
e que muito nos divertiram

foram tempos difíceis
mas com uma certa alegria
todos a sua maneira
vivendo o dia a dia

até certas bebedeiras
faziam parte da festa
cantavam ao charamba
nas suas casa modestas

não faltava  a lapinha
com cabrinhas a enfeitar
uns peros e laranjas
e o menino acompanhar

corríamos a vizinhança
para os presépios visitar
alguns davam um licor
com doces acompanhar

íamos a casa da maguia
era uma alegria
Manuel explicava
toda a sua fantasia

riamos tanto tanto
tudo era uma alegria
visitávamos os presépios
corríamos a freguesia


hoje tudo é bem diferente
tudo se julga importante
anda tudo deprimido
alegria está distante


façam como antigamente
vivendo com alegria
vivam o seu  Natal
com uma doce magia


bom Natal para todos
com amor e carinho
vivam o seu dia a dia
ao lado do Deus Menino

 
                    Lídia Aveiro 11 -12 -2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Caneta

A caneta é um objecto
que a muitos faz encantar
existem em muitas formas
com muitas a decorar

quando somos pequenos
e queremos escrever
gostamos das mais bonitas
não sabendo o resultado obter

até nós que somos grandes
também temos curiosidade
por tê-las elegantes
e com uma certa vaidade

mas são tantas tantas
que não podemos imaginar
até existem coleccionadores
que todas querem guardar

também existe outras
que pouco valor lhes dão
usam-as no momento
e atiram fora da mão

mas como objecto pequeno
e de muita utilidade
pois escreve tudo
com a maior facilidade

escreve os nossos desejos
e os nossos pensamentos
escreve palavras belas
e os nossos sentimentos

dedicamos poemas
com muita dedicação
escrevemos aos nossos filhos
com  amor no coração

aprendemos a escrever
a palavra pai e mãe
as letrinhas mais pequenas
as maiores que o mundo tem

escrevemos canções
que nos dão muita alegria
fazemos nosso diário
que escrevemos dia a dia

que bom poder escrever
alguém que nós amamos
para dizer tudo está bem e
e por ti nós esperamos

de tudo podemos escrever
quando existe amizade
é com esta caneta
que escreve toda a verdade

aprender a escrever
a, é, i, o, u
e mais tarde escrever mensagens
e o felizardo és tu

minha querida caneta
gosto imenso de ti
tu ajudas-me a viver
e fazes parte de mim

deixo recados na mesa
é contigo que escrevo
digo o que desejo
e aquilo que eu penso

mas esta pequena caneta
tem outro significado
nas maõs dos advogados
que ás vezes escrevem errado

muitas vezes umas letras
fazem tanta aflição
pois as vezes não há justiça
com a caneta na mão

dá-se tantas desuniões
por tanta escrita mal
muitas vezes uma assinatura
vão bater a tribunal

um objecto pequeno
ás vezes condena a morte
por despacho dos maiores
alguns tem pouca sorte

muitas pessoas não pensam
no objecto utilizado
pois uma simples caneta
pode dar mau resultado

é também com a caneta
que se passa cheque em vão
muitos com suas promessas
e o banco sem um tostão

são notas mal escritas
com exames fracassados
são jovens que vão p`ra as drogas
pelos seus maus resultados

São heranças que se passam
a filhos enganadores
que depois da assinatura
vão traindo os superiores

tanto se podia  escrever
sempre com a caneta na mão
para tudo é preciso
em tanta ocasião

muitos pegam na caneta
que é a sua profissão
utilizam todo o dia
sem lhe dar atenção

é preciso ter cuidado
com tudo o que assinamos
muitas vezes esquecemos
com aquilo que lidamos

tinha muito para dizer
sobre este objecto
tudo é com a caneta
para tudo bater certo

tanta tinta sem valor
que vai saindo da caneta
muitas vezes escritas belas
para guardar na gaveta

usa sempre a caneta
como meio de utilidade
e que possas escrever
na justiça e na verdade

             Lídia Aveiro

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Ingratidão

A ingratidão existe
e habita em todos nós
muitas vezes a usamos
as vezes acabando sois

somos pequenos ingratos
sem reconhecer o bem
mas isto até acontece
com a nossa própria mãe

Deus foi o 1ª sofrer
esta triste desilusão
que fez tudo pelos filhos
recebendo á traição

nós não reconhecemos
quem nos estende a mão
queremos ser bem servidos
depende da ocasião

muitas vezes esquecemos
o bem que nós recebemos
e o que fazem aos nossos filhos
muitas vezes não merecemos

quando as pessoas estão servidas
e tudo está encaminhado
muitas vezes dizem mal
ou mudam para outro lado

há pessoas tão ingratas
até para cmprimentar
muitas vezes olham para o lado
para fazer não avistar

só vêm quando queremº
e quando de facto interessa
nessa altura cumprimentam
ou levantam a cabeça

é como os políticos
que passam todos arrogantes
não conhecem os pobres
e mantem-se a distância

usamos as pessoas
para as nossas oportunidades
muitas vezes orgulhosos
e com uma certa vaidade


há um ditado popular
que diz o seguinte:
é melhor o vizinho á mão
que longe o nosso irmão

mas na hora da verdade
todos servem para dar bom dia
o pobre todo humilde
até fica com alegria

mas como a vida
pode mudar de repente
as vezes são dificuldades
que chegam a tanta gente

são doenças e sofrimento
que tudo vem modificar
são os filhos mal encaminhados
que nos vão prejudicar~

famílias que estão bem
até um certo momento
chega a muitas o desemprego
e ficam sem ter alento

são os vícios do diabo
que tudo vem destruir
são famílias inteiras
que passam noites sem dormir

mudam-se os temperamentos
muitas vezes já é tarde
acaba-se com arrogância
e tambem com a vaidade

Santa Tresinha foi tão humilde
e toda a ingratidão sofreu
fez tudo pelos pobres
e seu coração venceu

a Madre Teresa de Calcutá
a todos quis dar exemplo
viveu pobre,fez caridade
a toda a hora e momento

O Santo Padre foi  rezar
ao muro das lamentações
foi pedir perdão
por tantas ingratidões

nós somos tão pequeninos
perante o nosso Redentor
para quê ter recompensa
se tu és o Salvador


Senhor faz que toda a gente
sorria com alegria
seja humilde e reconhecido
com a tua companhia

que não guardam ressentimentos
que vivamos com amizade
e que saibam dar a mão
dentro da legalidade

todos nós somos iguais
com as nossas limitações
que Deus nos ilumine ~
com amor nos corações

que ninguém seja arrogante
que saibam agradecer
quem lhe estende a mão
pois só o bem pode querer


cada vez precisamos mais
da amizade do irmão
do vizinho ou do amigo
depende da ocasião


        Lídia Aveiro

sexta-feira, 10 de junho de 2011

As vivências da ribeira

Eu moro em Machico
mesmo perto da ribeira
onde cresci e vivi
e por cá fiz brincadeira

na minha infância
tudo era bem diferente
pois não havia nada
e vivamos contentes

nessa altura tudo era diferente
toda a gente ia a ribeira
pois a roupa era lavada
não havia água na torneira

as mulheres iam a ribeira
para a roupa lavar
onde muito conversavam
e ponham a roupa a corar

cedo iam para a ribeira
para apanhar o lugar
pois havia os lavadores
para a roupa lavar

algumas mais arrogantes
tudo tinham aprumado
faziam da ribeira
como um canto privado

arranjavam os poços
com lavadores em redor
tudo era arranjado
tudo queria o melhor

e depois o calhau
para a roupa corar
tudo era concorrência
tinham que cedo chegar

mas se houvesse alguém
que ocupasse o lugar
logo que o dono chegasse
tinha de se levantar

depois dava brigas
e as grandes confusões
muitas vezes sem necessidade
dava-se mal criações

mas quando chovia muito
tudo ficava desfeito
vinha as cheias levava tudo
tinham que dar novo jeito

tinham que voltar pedras
e lavadouros procurar
abrir pequenos regos
para a água poder passar

era uma luta constante
dia e noite na ribeira
para poder lavar a roupa
dava para a semana inteira

havia um dia por semana
que todos iam lavar
embora fossem outros dias
mas era com mais gavar

durante o dia iam molhar
a roupa que estava a corar
para mais tarde torcer
ir troçar e por a enxugar

e metiam no anil
para a roupa clarear
ficava mais azulada
para então enxugar

depois havia um dia
que era de engomar
com o ferro de carvão
as brasas tinham de assoprar

roupa com muitos remendos
tudo era bem lavada
ficava branca de neve
depois de bem esfregada

se a roupa fosse mal lavada
tudo era relatado
então toda a gente
tinham o máximo cuidado

as fraldas eram cueiros
de lençóis que ia ficando
ou outras roupas velhas
que as pessoas iam rasgando

e assim foram vivendo
pois era assim toda a gente
também havia as lavandeiras
que lavavam a muita gente

passavam dias inteiros
e talvez toda a semana
para lavar para as senhoras
que de finas tinham fama

ou se estavam doentes
também não podiam lavar
ir de giga para a ribeira
e ter de se joelhar

e havia sempre alguém
que muito se sujeitava
para ganhar um vintém
de qualquer maneira trabalhava

também havia os senhores
que as vacas iam pastar
pois também havia erva
para o gado sustentar

era cabras, vacas galinhas e patos
de tudo ia para a ribeira
pois os patos ponham os ovos
que até dava para a brincadeira

os pequenos iam brincar
e depois iam procurar
os ovos dos patos
para levar para fritar

quando encontrávamos o ovo
um ovo era uma alegria
o ovo era grande e branco
que fazíamos uma folia

era no meio da água
que muitas vezes se encontrava
os ovos dos patos
que os pequenos procuravam

enquanto as mães lavavam
nós íamos brincar
e fazíamos casinhas
com ervas a enfeitar

as pedras eram os filhos
tudo tinha uma razão
era a simplicidade
e alegria no coração

ou então íamos as canas
para a ribeira íamos chupar
no meio da água corrente
os choupos íamos deitar

ainda estou lembrada
duma cheia que deu
foi um grande aluvião
que Machico estremeceu

rebentou casas e pontes
tudo veio para a ribeira
rebentou uma mercearia
tudo ficou em lixeira

foi na casa dos guardas
a mercearia do Daniel
a água levou tudo
das massas ao papel

depois de muitos dias
e de parar de chover
fomos todos para a ribeira
era uma alegria ver

fomos procurar borracha
e também lápis de pau
fizemos uma festa
pois o tempo era mau

ninguém tinha para dar
todo o tostão era poupado
não é como neste tempo
que há tudo por todo o lado

quando chovia muito
tínhamos das passadas saltar
muitas vezes caiamos
tínhamos da roupa mudar

ficávamos todas molhadas
era uma complicação
pois a roupa era pouca
e não havia um tostão

no verão era mais fácil
da ribeira atravessar
no inverno água dava por o joelho
e podia nos levar

tínhamos uma tia
no outro lado da ribeira
e também fazenda
o que era uma canseira

e a maquina do leite
também era no outro lado
quando rebentou a ponte
tudo ficou enrascado

mas muitas vezes
a minha avó mandava
ir a maquina com o leite
e a ribeira atravessava

o caminho da ribeira
era uma estrada esteitinha
quase sempre caia os carros
pois protecção não havia

caia os carros para a ribeira
lá corria a pequenada
era sempre uma novidade
corríamos com velocidade

as vezes era as quebradas
quando chovia bastante
ficava apertadinho
pois tudo era distante

mas voltando um pouco atrás
quanto as vacas na ribeira
elas tinham o nome
e também um coleira

umas eram janeiras,morenas
laranjas pretas zarolhas
eram vários os homens
um deles era o Aleluia

andavam de bordão
para as vacas enxutar
algumas pisavam a roupa
que brigas vinham a dar

 também havia agrião
que todos iam apanhar
muitas vezes para a sopa
para os filhos sustentar

e também para espremer
para fazer infusão
havia gente doente
tuberculosa do pulmão

então o agrião
era um remédio indicado
depois juntavam,mel e aguardente
e tinham bom resultado

agora tudo mudou
já ninguém vai a ribeira
tudo tem maquina de lavar
já acabou a canseira


outros tempos outras alegrias
há de tudo para viver
contando isto a mocidade
eles não querem saber

parece ser mentira
como tudo acontecia
tristes dos nossos pais e avós
que sofriam em demasia

estou feliz por este tempo
e pela maneira de viver
obrigado ao Jesus
por tudo isto acontecer

fica aqui tudo escrito
pois isto é realidade
foi no nosso Machico
que agora é cidade

depois de tantos anos
e depois de muito trabalho
que alguém foi construindo
para nosso bem e regalo

Lídia Aveiro

terça-feira, 7 de junho de 2011

O Dote

Como tudo acontecia
nos tempos que já lá vão
era tudo bem diferente
não tinha comparação

Era pobreza diferente
mas diferente de pensar
tudo era bem poupado
para o dote comprar

As mães preocupavam-se
para tudo arranjar
pois era moda antiga
das filhas ter de comprar

Desde de muito novinhas
tudo tinha que trabalhar
para os poucos tostões
o dote ter de comprar

Depois mudou-se o nome
conforme a evolução
já chamavam enxoval
era outra designação

Quando a rapariga casava
o dote tinha de levar
desde os lençóis e cobertores
para os filhos se abafar

As toalhas de cozinha
as cobertas do tear
os tapetes de retalhos
tudo era para o lar

Compravam uma mala
para o dote arrumar
no inicio era uma caixa
para o dote guardar

E faziam os bordados
com rendas acompanhar
as camisas da noite e pijama
tinha de acompanhar

Era feito na costureira
pois pronto não havia
feito com imaginação
e alguma fantasia

toalhas de bordado madeira
feitas com muito primor
almofadas e toalhas
tudo feito com rigor

tudo eram espetacular
em pano de linho fino
tinha as toalhas de mesa
cada um com seu destino

as toalhas das mesa dos Santos
era feita de arrendado
com fechado,e caseado
tudo era bem bordado

as toalhas do lava mãos
com bordado  espetacular
com fechados e arrendados
era mesmo de encantar

mais tarde tudo mudou
já havia muito para comprar
toalhas de fantasia
não precisavam bordar

mas no meu tempo
também o dote se usava
mas para mandar bordar
já muito caro ficava

nem toda a gente sabia
bordar bordado madeira
se queria uma toalha
 já mexia na carteira

mandei bordar minha toalha
5 contos me custou
ganhava1200 escudos
bem carinho me ficou

ainda a tenho guardada
não sei qual o seu destino
pois gastei dinheiro a toa
mas era o tempo antigo

também havia outros pontos
para as toalhas bordar
fazíamos ponto cruz
para tudo embelezar

havia ponto grilhão
e pontos de alinhavar
havia ponto de diabo
que eu estive a bordar

comprávamos jogos de banho
e colchas de algodão
fazíamos panos de tabuleiro
tudo feito na perfeição

havia jogos de croché
para a casa enfeitar
fiz a colcha em croché
quando foi para casar

pois era grande moda
e muito eu trabalhei
agora são edredons
não dão maçada a ninguém

~há tudo para comprar
não precisa se cansar
até nas vespras do casamento
dá tempo para comprar

os lençóis já estão prontos
não é preciso canseira
noutro tempo era difícil
tinham que ir para a ribeira

compravam uma peça de pano
depois metiam na bosta de vaca
deixavam curtir uns dias
e depois é que lavavam

depois iam para a ribeira
para as peças estender
era dias a corar
só vendo para querer

depois eram divididos
para os lençóis fazer
era feito travesseiros
e almofadas conforme o querer

mas o lençol dos noivos
era feito de pano fino
com travesseiro e almofadas
tudo tinha o seu destino

era com bordado madeira
ou com bordado suíço acompanhar
havia muita vaidade
para ninguém relatar

pois faziam cama dos noivos
tudo era verificado
quem não tinha o dote
era tudo relatado

a cama era de palha
feita pela costureira
levava pontos com uma agulha
era tudo uma canseira

mas no meu tempo
era tudo bem diferente
já havia os colchões
diferente de antigamente

os nossos pais e avós
sofreram de toda a maneira
mesmo com pouco dinheiro
era tudo uma canseira

tinham que ir ao tear
como a minha mãe contava
tinham que tecer as cobertas
que as filhas abafava

ainda tenho guardado
com grande estimação
uma coberta tecida pela minha mãe
que me dá satisfação

tanto era o sofrimento
para tudo adquirir
e levar vida difícil
ainda estavam a sorrir

agora há demais
ninguém dá  o valor
nem sabem o que custa
seja lá o que for

ser preto ou branco
isso é o mesmo resultado
desde que haja dinheiro
o caso está arrumado

ninguém sabe o que custa
nem na aguilha sabem pegar
os pais que comprem as coisas
se os filhos querem casar

ai tempo bom que é agora
para a nova mocidade
que é só se divertir
no campo e na cidade


mas vamos com o tempo
mas é preciso pensar
a vida é boa
mas temos de trabalhar

é bom aprender
e há muita gente a ensinar
os pontos de antigamente
para a tradição
não acabar


por hoje vou terminar
e ainda estou aprender
estou na pintura dos tecidos
que me ajuda a viver

cada toalha que pinto
acho que vale a pena fazer
são as pequeninas coisas
que nos dão força de viver

ocupamos o nosso tempo
mas lhe damos o valor
ao ver o nosso trabalho
sentimos obra do Redentor

como é possível
tudo poder aprender
é  como as novas tecnologias
e conseguimos aprender

temos de dar o exemplo
aos jovens desanimados
que mesmo com esta idade
ainda fazemos beldades

muito tinha para contar
mas fica a opinião
façam tudo com carinho
vão sentir satisfação

Lídia Aveiro

terça-feira, 31 de maio de 2011

As Entradas das casas

Mas afinal o que é isto?
das entradas das casinhas
tudo era diferente
e as casas pequeninas

As casas eram pequeninas
de pedra e com restolho
algumas eram de telha
isso depende do dono

A cozinha separada
para o comer fazer
era cozido a lenha
pois tinha mesmo que ser

os muros eram de pedra
com calçada no terreiro
umas vasilhas de flores
um chiqueiro e um galinheiro

as entradas das casas
eram todas descobertas
não havia portas de entradas
era tempo de miséria

não havia casas de banho
nem agua potável nem electricidade
era candeeiro a petróleo
lá vivia a mocidade

as pessoas iam para os campos
viviam com liberdade
trabalhavam muito
mas tudo andava a vontade

depois com os tempos
as casas foram se modificando
eram feitas de blocos
e tudo foi melhorando

mas as entradas das portas
essas não eram fechadas
era só apupar
a chegada das entradas

as entradas com flores
sempre muito bem varrido
chegava qualquer pessoa
era sempre recebido

os vizinhos quase sempre
vinham os visitar
para contar as magoas
e também para bordar

no Funchal era diferente
já havia as portadas
dentro da cidade
as senhoras estimadas

mas com o evoluir dos tempo
tudo se modificou
ao fazerem as suas casas
as entradas se trancou

as portas das entradas
eram feitas de madeira
depois passou a ser de ferro
consoante a carteira

depois veio o alumínio
cada vez mais moderno
há outras possibilidades
mas também é caso serio

cada vez há mais ladrões
ninguém pode se descuidar
se apanham aberto
é mais fácil de entrar

as pessoas não se visitam
agora tudo é trancado
agora tudo é importante
cada um está para seu lado

as pessoas foram trabalhar
e a vida modificou
agora há tudo em casa
o tempo atrasado acabou

o governo fez casas
muita gente ficou bem
tem tudo de mão beijada
e não ligam a ninguém

como a vida mudou
uns ficaram muito bem
há agua,gás ,eletrecidade
tudo o pobre tem

as portas tem campainha
as entradas isso temos de tocar
se a visita não entressa
nem a porta vem falar

cada vez fica pior
com a nova geração
muitos não ligam a nada
e não dão satisfação

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Apelidos dos vizinhos

babão, fraqueza,carrega, rabo de gato,afinca ,sega,mazuca,triste,Maria da morte,ma fá furtado,pecheleiro,ferreiro ,broche,barqueira
caqueira,moquenco,27, anilhe, manuai,destroi,sem-nada,inglês,cherna,barranca,foguete,tampa,pitada,chupa ,cinzeiro,purina,Jack,jacão gaga remige,cartola,cagão,pragueira,pataca,saquinho,canhota,engenheiro,sete luas,pai tio,3beiças,joão perdido.,rato gijó minhatezua,bisa ilho,carão,grelinho,pipa ,pintada,biba,ganga,boizinho,bique,melro preto, mafiosa, faroleiro,caco João, papai Adão,dr. piolho, pata encha da,cachorrão,molheira ,faz tudo,faz favor,bolianaabu, timaria mosca,mejada,pernas feias, tabeibeira,pingas,turra,boi mole,veneno bosta,fêmea,medalhas,cambalhota,joão moço,canelas de cabra,carneiro,rainha,barqueiro,verga de aço,bonito,jiba,guimar,pai do frio,farpa, mala ganhas,minoa,bragada,pentilona,madrasta, pelado,fresca lume,chinque chegue,andante, macacos,carouiço,chicharro,chia lhe,chenica,menegaia,rego,mijada,pilha-moscas,profeta, afincas,capitão, corta rabo,mata mulheres,minheinha,pataca,fecha o olho,mata gatos,rosquilha,faneca,casula,garrafão,lialala,chave ilha,pescoço de ganso,espada,caganita,fanga,sapateiro,perneta,Japão,pedes,galo,mana galo,veneno,foge,málingua,belo ta,titaia,chazinho,
pata,pomba,sagaio,cavalo,manhoso
graças a Deus franceilho lona,batoque,tremido,tremura,cu de bomba,bengala fresquinha,bichinho do ar,
bico aberto,camona,foguinha,palavra santarrão,pescaia,3meses,barbudo,pimenta,santa de pau,cabeça,borre ira,pesada,Eurico,bambas,batateira bacalhau,5tostões,tostão cera,rato,Joana,Cacilhas,bodes,Caetano,tetilha,Cassiano,didoinha,trualha coelha,per nica,cravo,nilinho.,botas Maria do cagalhão,menor,cachinbeiro,puta velha,ma mona lamboa,
menino jesus,Salemas chave lha negues,espeu,bambo,giba,cachaça,marmita agarra,porco em pé ,galu
trcanaila,gordo,boneco,parruca,leixinho,gato da Sofia, ladrão,cambiado,ratos do moinho,jequim alho,zed,espalha brasa,chita,rainha da socata menino,cebolas,branca,zarolho,foca,pedrinhos viuva,buda,fuso,majirona,boga nabo,vaca,cagão,merda seca,maguia, zaroilho, pirinhas, burro,aleloia,lampião,ervilha maneta,marrão,saltão,passes, lebre,mana galo,chupa,mudo,pinga,boi mole,
andante,agostinho da abelha saboia,azedoiro, delicada, destroi,cheira bico, ganga,coto,deixa-me,sem pescoço, largatixa,franceilho,pichotas,vaidosa,verdeilho,semilha,faz rir,gata,peixola gaginho,secreta,titaia´,borboleta cabra mole, moco,negues,Maria da furna,petisca,bitás,pinta,borboleta,
mochinho,benta,linguetas,choça bocas,panini,beiçolas,cabeça,abilio,tinoni,ravaneli ,kadafi,promete dinis,pepsi,mandante neca,manta morta,rinela,keite galinha,furão,pitailhas,buzinas,manhoso,pipinela vesga,fabé,mona podre baba,busico,abilinha, minhoca,coininha,piroquio,saberena,bola,jacaré,mousse,
foguete,fixinho,baixinho,poeiras,vitocas,babado,coruja,crespo,pombo,smita,tarugo,diabo,bota fogo
 fominha,gorda,sarralha,lua bimbo nikinho,sem queixo,russo,40, netinho,ovelha,retrete,botas,zeca diabo,panão,bibi,ilho,vidinha, vaidoso,tudo menes gente,pistola, coelho, beiças, flor, cagão,pastilhas, gasolina, cabra,panão,galvão, piedoso,estrela,caxé,zedas,piolho,carangajo,bucetas,bananeira, brisa,papo seco´,penca,grilho,stanic,madiéee,barbas,toupeira,blak,lendia,tainha,tabaibeira,navalhas,niné, barata,
xemilha,negrita,semilha,69,benes,abelha,gatucha,velas,eletrico,Sofia,mini saia,cavaco silva,beca,chave lha,acoreana,pixotes,caco,bigode,fedelho,bexiga,cabeça de pato xerife,pisca,tipo,poncha,pilha,tentilhão,boia,besugo,vizinho,foguinha gel,quinito, poncha, vassoura


Havia muito mais mas vou ficar por aqui       Lídia Aveiro

sábado, 28 de maio de 2011

A voz do coração

o coração tem segredos
que só ele sabe ler
tem o seu código próprio
que é difícil descrever

muitas vezes dá sinal
daquilo que está a pensar
é doce e meigo
com tudo no seu lugar

salta com a chama alta
com medo de te perder
é segredo adivinhar
o que procuro saber

se o coração falasse
mais alto que o pensamento
muitas vozes aclamavam
não corras mais que o vento

paro para meditar
sem ter explicação
mas aquilo que eu oiço
é a voz do coração

não quero sequer pensar
o que tanto me agonia
só eu posso avaliar
o que sinto em todo o dia

tu és a porta da vida
e a luz do meu viver
mesmo que me agonie
tu és meu até morrer

não te posso dar desgosto
porque ficas a chorar
eu quero que estejas bem
para eu poder descansar

mesmo com desilusões
eu te quero para viver
pois sem ti meu coração
acabava por morrer

tens gravado em letras de ouro
aqueles que mais adoro
muitas vezes não aguentas
em poucos momentos choro

os meus olhos ficam tristes
minha face fica rosada
eu dou mesmo a perceber
não ligando mesmo a nada

mas existe momentos belos
que eu quero em ti gravar
são momentos inesqueciveis
que eu quero recordar

são gestos de gratidão
que guardo com muito amor
só em ti meu coração
eu sinto esse calor

quinta-feira, 26 de maio de 2011

As 4 leis da Espiritualidade da Indía

1 a pessoa que chega é a pessoa certa»  significa, que nada ocorre em nossas vidas por casualidade.
Todas as pessoas que nos rodeiam,que interagem connosco,estão ali por uma razão,para que possamos aprender evoluir em cada situação

2lei  « o que acontece a única coisa que poderia ter acontecido»
Nada do que ocorre em nossas vidas poderia ter sido  de outra maneira.Nem mesmo o detalhe mais insignificante. Não existe:se acontece tal coisa,talvez pudesse ser diferente... Não!
o que ocorre foi a única coisa que poderia ter ocorrido e teve que ser assim para que pudessemos aprender esta lição e então seguir  adiante.todas as situações que ocorrem em nossas vidas são perfeitas, mesmo que a nossa mente e nosso ego resistam em aceita-las.

3lei «Qualquer momento que se inicia é o momento certo»
Tudo começa no momento determinado.
Nem antes nem depois!
Quando estamos preparados para que algo nos aconteça em nossas vidas,então será ai que terá inicio.

4 lei «Quando algo termina termina»  Simplesmente assim!
Se algo termina em nossas vidas é para nossa evolução!   Portanto é melhor desapegar,erguer a cabeça e seguir adiante,enriquecidas com mais essa experiência!
creio que não é por acaso que você está lendo isto.
Se este texto chega até nós é porque estamos preparados para entender que nenhum grão de areia,em momento algum, cai em lugar errado!!!

Viva bem!
Ame com todo o seu ser
E permita-se ser imensamente FELIZ!

sábado, 30 de abril de 2011

Dia da Mãe

Não há palavra que escreva
O significado de mãe
É o que há de mais belo
A maior que o mundo tem

Há tantas mães que merecem
O amor maior do mundo
Pois elas amam seus filhos
Com todo o amor profundo

Ser mãe é ser incansável
Para com os seus filhinhos
Se preocupar com eles
Desde de muito novinhos

Mãe palavra mais doce
A maior que o mundo tem
É tudo o que há de belo
Um filho chamar a mãe

Mãe teus filhos te adoram
E querem o teu carinho
Pois o teu amor é forte
Que tem sempre o seu cantinho

Há tantos que te perderam
E choram tanto por ti
 Dizem que fica um vazio
Duma angustia sem ter fim

Mãe tu és o amparo
De tantas desilusões
Tu queres tudo de bom
E que os teus filhos sejam bons

Mãe tu choras tanto
Por tudo o que acontece
Muitas vezes desilusões
Dos filhos que não mereces

Ter o carinho de mãe
É outra consolação
Tu estás sempre presente
E a tudo dais a mão

Há tantas mães infelizes
Que não são compreendidas
Vêm-se com os seus filhos
Andarem as escondidas

Mães que sofrem tanto
E muitas vezes mal tratadas
Ao verem os seus filhos
E de andarem jogadas

Quantas mães que te abraçam
E choram com muita dor
Apertam-no seu regaço
O fruto do seu amor

Se tu vês teus filhos tristes
Teu coração fica chorando
Pois tu ficas inquieta o
O que estará se passando

A mãe é o segredo do lar
Que a tudo dá beleza
Tem uma doce magia
Que apaga muita tristeza

A mãe que ama seus filhos
Tem aberto o coração
Não deixa o filho sozinho
Vivendo na solidão

Se ainda tens tua mãe
Dá lhe um abraço de amizade
Pensa que ela sofreu
E te ama de verdade

Era bom que todo o filho
Pudesse da mãe dizer
O meu amor é tão grande
Não quero vê-la morrer

A mãe que os filhos perde
Perde um pouco de alegria
Nunca deixa de lembrar
O que o filho fazia

Que os filhos tenham a amizade
E tenham mais atenção
Com um coração de amor
E não de ingratidão


Mãe que tudo mereces
Que os teus filhos sejam bons
Que te possam abraçar
Em tantas ocasiões

Que este dia seja de festa
E de muita amizade
Que os filhos visitem mãe
Com amor e lealdade

Façam como as crianças
Apinham pelo caminho
Umas flores de trevo
E vão lhe dar um beijinho

E digam á sua mãe
Eu te amo de verdade
Eu gosto muito de ti
E quero a tua amizade

Parabéns a todas as mães
Que seus filhos sabem compreender
Que mereçam o nome de mãe
Que os ajudem a viver

Que vejam Nossa Senhora
Como sofreu por Jesus
Sofrendo até o calvário
Levando a sua cruz

Lídia Aveiro  2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dia da mulher





Dia 08 de Março 2011
É um dia especial
Festeja-se o dia da mulher
Em todo o Portugal

Muitas são as mulheres
Que querem marcar presença
Esquecendo os afazeres
E se sentando á mesa

Reúnem-se vários grupos
Para o dia festejar
Umas reúnem-se para almoço
Outras reúnem-se para o jantar

É uma maneira de se expressar
E de sentir alegria
Não é o facto de comer
Mas sim de fazer folia

Há sempre o cuidado
De os grupos escolher
Para poderem conversar
E bom ambiente haver

São tantas as mulheres
Que cantam para esquecer
Algumas tomam uns copos
Para tudo poder dizer

Mas são tantas as mulheres
Que não podem festejar
Têm muitos problemas
E os filhos para cuidar

Outras não têm dinheiro
Para poderem jantar
Cada dia mais difícil
E há dividas para pagar

Muitas estão desempregadas
E têm dificuldade
Pois a crise chegou
Ao campo e à cidade

Outras estão a chorar
Pelos filhos se drogarem
Muitos andam no álcool
E muitos jovens a fumar

São muitos anos de escola
E ninguém sabe trabalhar
São os pais que fazem tudo
Para os filhos passear

As mães dão toda atenção
Quando o filho vai nascer
E preocupa-se toda a vida
Até a hora de morrer

Todas as mães do mundo
Querem o melhor para os filhos
Mas nem sempre é assim
E voltam por maus caminhos

Quando tudo está bem
E os filhos estão criados
Surge novos problemas
Os pais ficam separados

Fica tudo desfeito
Com tanta desilusão
Troca-se os filhos por nada
Não tem mais explicação

Bate a tristeza no rosto
Alegria fica ausente
Nunca mais volta ao normal
A família não se entende

Os filhos gostam dos pais
E ficam logo a sofrer
Muitos não dizem nada
Para não os ofender

Penso que é o pior
Que no casal acontece
Muitas vezes o dinheiro
A muitos enlouquece

Mas ficam infelizes
Com mágoa para a vida inteira
Porque a vida das pessoas
Não é uma brincadeira

Por isso há tanta infelicidade
Por esse Mundo além
Muita gente a sofrer
Sem dizer nada a ninguém

A vida é bela
Como a rosa na roseira
Mas tem muitos espinhos
Pois nada é brincadeira

Temos que levar a vida a sério
Com sorriso e amizade
Sabendo respeitar os outros
Com amor e lealdade

É tão bom poder ver
A família reunida
Embora com dificuldades
Mas estar feliz com a vida

Quantas famílias queriam
Viver como a sua mãe
Vivendo com humildade
Sem dever nada a ninguém

Falta os valores morais
Pensam ter tudo na mão
Não querem saber de Deus
E vivem na ilusão

Deus é tudo na vida
O amor e o perdão
Vivendo com caridade
E ter paz no coração

A vida não é fácil
Temos que saber viver
Mas com uma certa magia
Temos de nos entender

Que este dia seja de festa
De Paz e felicidade
Que todas saibam festejar
Enfrentando a realidade

Viva o dia da mulher
Com paz e muita união
Que sejam mulheres verdadeiras
Com amor no coração

Lídia Aveiro